Hábitos saudáveis e fisioterapia ajudam no trato da incontinência urinária

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema costuma afetar 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos

Apesar de ser simples e comum, conseguir ter o controle miccional e só urinar quando chegar ao banheiro é uma meta de quem tem incontinência urinária, distúrbio caracterizado pela perda involuntária da urina através da uretra. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema costuma afetar 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos.

Segundo o urologista Renato Leal, do Hospital Jayme da Fonte, além da idade, existe uma série de fatores que pode favorecer a ocorrência da incontinência. “É um problema que acomete muito mais mulheres do que homens, mas afeta especialmente as mulheres que tiveram esforço significativo da região perinial, que pode ter sido originado através de muita atividade física, gestações, partos normais, além de condições de saúde, como diabetes e obesidade”, explicou Renato. “Já nos homens costuma estar associado a condições prostáticas ou a cirurgias realizadas no assoalho pélvico”, complementou o profissional.

Contrariando as estatísticas, a professora Priscila Araújo, 21, convive com a incontinência desde muito nova. Ela lembra que, ainda quando criança, sentia vontade de ir ao banheiro na escola, mas nem sempre conseguia segurar. “Fazer xixi nas calças na escola começou a acontecer com frequência, foi quando minha professora comunicou o que vinha acontecendo para a minha mãe”, relata. “Fui ao médico e o diagnóstico foi bexiga hiperativa”, emendou Priscila.

Hoje em dia, a professora consegue lidar melhor com a situação, já que buscou tratamento cedo, mas ela ainda sente alguns impactos negativos do problema. “Às vezes estou sentada e a vontade de urinar vem muito forte, e eu acabo não aguentando segurar. E isso nem é só quando eu estou na rua. Já aconteceu também de eu estar em casa, no quarto, sentir vontade e a urina vazar antes de eu chegar ao banheiro”, detalhou.

A bexiga hiperativa é somente uma das possíveis causas da incontinência urinária, que também pode ser desencadeada também por conta de uma fístula originada depois de algum tratamento pra câncer, cirurgias ou acidentes, conforme explica o urologista Felipe Dubourcq, que elenca as duas formas distintas de ocorrência da incontinência.”A válvula de retenção pode ficar aberta o tempo inteiro, consequentemente vazando urina o tempo todo, ou a incontinência pode ser por transbordamento, que é quando a válvula de retenção fica muito fechada e a urina só escapa quando a bexiga está cheia”, esclareceu.

Para o tratamento, é preciso identificar quais são as causas da ausência do controle miccional, e essa correção pode ser feita através de intervenção medicamentosa ou cirúrgica. Além disso, há hábitos que podem ajudar a diminuir os efeitos negativos da doença e até mesmo evitar o aparecimento do problema. “A prevenção pode ser realizada com o controle do peso, correção da glicemia e uma melhora na qualidade de vida como um todo”, cita o urologista Renato Leal.
Reabilitação do assoalho pélvico
Uma das alternativas de tratamento está na fisioterapia, que vão ajudar a reabilitar a musculatura do assoalho pélvico, cuja região quando afetada resulta na incontinência.

A fisioterapeuta e pós-graduanda em disfunções do assoalho pélvico Laura Barros explica que alguns exercícios simples podem minimizar os impactos negativos da ausência do controle miccional. “Exercícios de contração, cruzamento de pernas, dissociação pélvica e relaxamento ajudam não só na reabilitação do assoalho pélvico como também são fundamentais para prevenir o aparecimento da incontinência urinária”, disse Laura.

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