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Tratamento se expandiu e tem sido usado para retirada de tumores ainda maiores

Os carcinomas de células renais são responsáveis por 2 a 3% dos tumores malignos e representam 90% dos tumores renais. A incidência mundial aumentou nas últimas décadas – em média 2% ao ano.

Em 2012, aproximadamente 84.400 novos casos foram diagnosticados na União Europeia, com 34.700 óbitos relacionados, também sendo esperados nos Estados Unidos 62.700 novos casos em 2016, que seriam responsáveis por 14.240 óbitos.

O câncer de rim ocorre geralmente em indivíduos na sexta década de vida, com discreta predominância em homens (1,5:1). Os fatores de risco incluem: tabagismo, hereditariedade (parentes de primeiro grau têm maior risco), obesidade, hipertensão, hepatites virais e utilização de medicamentos, tais como: anti-inflamatórios e acetaminofeno. Fatores ambientais, ocupacionais e dieta ainda são inconclusivos na literatura médica.

Como prevenção, sabe- se que a interrupção do tabagismo e o controle da obesidade são de extrema importância.
São tumores habitualmente assintomáticos, porém, em fases mais avançadas, podem causar: dor lombar,
hematúria (sangue na urina) e massa abdominal palpável.

Na atualidade existem diversos tipos de tratamento para o câncer de rim, sendo que a nefrectomia radical (remoção completa do rim) é o procedimento curativo de eleição há alguns anos. Em virtude de uma melhor compreensão da fisiopatologia renal e aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas, evoluímos consideravelmente as nossas terapias.

Observamos também que, por consequência de um aumento da utilização de métodos de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, a detecção de tumores renais incidentais, ou seja, tumores assintomáticos diagnosticados precocemente em exames de imagem, passou a ser cada vez mais comum. Desta maneira, os tumores ainda podem ser pequenos e estarem presentes somente no rim, sem nenhuma disseminação. Portanto, essas lesões usualmente são menores e não avançadas, possibilitando abordagens menos invasivas.

Alguns desses procedimentos menos invasivos incluem as cirurgias ablativas e nefrectomias parciais, conhecidas como cirurgia de preservação de néfrons (cirurgia poupadora de rim). Focaremos neste momento nesse tipo de cirurgia poupadora de rim.

A primeira nefrectomia parcial foi realizada pelo Dr. Vinzenz Von Czerny (1883) e somente em 1993 o Dr. Wineld realizou a primeira nefrectomia parcial videolaparoscópica, técnica minimamente invasiva com o auxílio de uma câmera. As indicações clássicas eram para tumores renais bilaterais e em rim único, evitando deixar o paciente sem rim. Porém, essa técnica se expandiu mundialmente e hoje tem sido a escolha para tratamento de tumores renais cada vez maiores.

Diversos trabalhos já foram publicados mostrando que lesões > 7 cm são operadas com resultados oncológicos semelhantes à retirada total do rim, mas com melhores resultados funcionais. A retirada parcial do rim pode ser indicada para tumores que apresentam trombos em veias renais e veia cava, aos quais, antes, se considerava somente a realização da retirada total do rim.

A cirurgia robótica também vem ganhando espaço, devido aos excelentes resultados. Trabalhos recentes demonstram vantagens dessa técnica.

Sabemos que cada caso e cada paciente têm que ser individualizado e discutido em conjunto com a equipe médica e com a família envolvida, para definir o melhor tratamento. Mas com a constante evolução da medicina e tecnologias, temos acesso gradativamente a melhores técnicas e aparelhagens cirúrgicas, que proporcionam ainda mais segurança, confiabilidade, melhor recuperação e menor risco ao paciente submetido a retirada parcial do rim.

 

Fonte – Portal da Urologia

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